Chers lecteurs, “Nouvelle Génération de Tiniguena, une Ecole pour la Vie ! – Une expérience d’éducation à l’environnement et à la citoyenneté en Guinée-Bissau”, est la dernière publication de Tiniguena dont les auteurs sont Pierre Campredon, Augusta Henriques et Miguel de Barros. Elle sera bientôt disponible online en version portugaise et française sur les sites de …
PORTUGUÊS Caros companheiros, parceiros e amigos da Tiniguena, “Geração Nova da Tiniguena, uma Escola para a Vida! – Uma Experiência de Educação para o Ambiente e Cidadania na Guiné-Bissau”, é a última publicação da nossa ONG, da autoria de Pierre Campredon, Augusta Henriques e Miguel de Barros. Vai estar disponível no nosso site a partir …
No âmbito da celebração internacional da Luta Contra a Corrupção dia 9 de dezembro, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) está realizar uma serie de atividades, entre as quais entrevistas com diversas personalidades, com o objetivo de analisar e refletir sobre o impacto da corrupção na sociedade, reforçando deste modo, a importância …
Augusta Henriques e Miguel de Barros têm o prazer de convidar a todos para os eventos de lançamento do livro “Geração Nova da Tiniguena, Uma Escola para a Vida” Junte-se a nós!
Visita a floresta de Batambali para o projeto de promoção e valorização do conhecimento baseado nos saberes tradicionais locais de gestão de espaços e recursos naturais que assegurem o equilíbrio ecológico, serviços ecossistémicos e o bem-estar das populações.
Missão de restituição de estudo-diagnóstico para identificação de zonas piloto a serem designadas APAC – Áreas e Territórios do Património Autóctone e Comunitário da Guiné-Bissau.
UM INSTRUMENTO DE REFORÇO DE CONHECIMENTOS PARA MELHOR GERIR
A ONG Tiniguena vai realizar amanhã, terça-feira, dia 20 de Outubro, o lançamento público do livro Guia de Boas Práticas na Gestão dos Recursos Naturais, na sua sede em Bissau. O ato oficial conta com a presença de um representante do Governo e de meia centena de representantes de entidades públicas, da sociedade civil e alguns privados. O referido documento foi elaborado por Pierre Campredon, biólogo da UICN, no quadro do projecto ‘’Gestão Transparente de Recursos Sustentáveis: Reforço de Capacidades da Sociedade Civil para a monitorização da gestão dos Recursos Naturais na Guiné-Bissau’’, gerido pela Tiniguena, de 2016 a 218, financiado pela União Europeia.
O Guia de Boas Práticas RN é um dos produtos do projeto e foi preparado com base nos estudos-diagnóstico sobre a situação nas pescas, florestas, minas e petróleo, realizados em 2017, no quadro do mesmo, e outra documentação pertinente recolhida pelo autor.
Devido ao aumento de exploração de recursos nos sectores das pescas, florestas e pedreiras, com o apoio de tecnologias mais agressivas e eficazes e de redes de comercialização organizadas, e o arranque de prospecções e breve início de exploração de minas e do petróleo no país, a elaboração deste Guia de boas práticas torna-se uma necessidade urgente.
Conforme a introdução do livro, ‘’Este desenvolvimento, por si só, poderia ser sustentável se as capacidades de regeneração dos recursos fossem respeitadas. Mas a força combinada das necessidades económicas e de um crescimento populacional que se situa entre os mais altos no mundo, obriga-nos a fazer esta constatação: os meios naturais estão a degradar-se e os recursos naturais estão a esgotar-se a um ritmo alarmante.
Num contexto de sinergias negativas de tal envergadura, é urgente reagir, questionando-se sobre que modelo de desenvolvimento o país pode promover para projetar um futuro que responda, de forma durável, às aspirações dos seus filhos. A iniciativa apoiada pelo projeto “Gestão Transparente de Recursos Sustentáveis – Reforço de Capacidades da Sociedade Civil para a Monitorização da Gestão e Exploração dos Recursos Naturais”, levada a cabo pela ONG Tiniguena é pertinente neste sentido, fornecendo elementos de reflexão e propostas que podem contribuir para a formulação desse modelo’’ – lê-se no documento.
Etikapun’ha é um projeto que a Tiniguena realiza na Área Marinha Protegida Comunitária (AMPC) de Urok, que inclui as ilhas de Formosa, Nago e Chediã, das ilhas Bijagós. O projeto visa promover, em colaboração com as populações das ilhas, o desenvolvimento sustentável para melhorar as condições socioeconómicas. Contribui para a cogestão e a governação participativa dos recursos naturais e culturais, privilegiando as mulheres e os jovens nos processos. Os beneficiários do projeto incluem agricultores e outros produtores (por exemplo, produtores de sal), pescadores, comerciantes, mulheres, jovens empresários, escolas comunitárias e órgãos de gestão da AMPC Urok.
Para
melhorar as condições socioeconômicas dos habitantes da ilha, por meio do
aumento de rendimento das famílias e aumento de segurança e soberania
alimentar, o projeto promove métodos agroecológicos de produção e vulgariza o
acesso à produção, capacitando produtores com métodos de baixo custo e que
protegem o meio ambiente. Também disponibiliza diferentes tipos de sementes
para diversificar as cultivas. O projeto promove iniciativas de
empreendedorismo por meio de apoio financeiro e logístico. Um exemplo de apoio
aos empresários é permitir o acesso aos mercados no arquipélago e em Bissau
para dar visibilidade aos produtores. Pescadores tradicionais são também
capacitados e equipados com técnicas de pesca responsável e economicamente rentável.
É importante para a melhoria das condições de vida nas ilhas UROK o acesso à água potável. Os técnicos do projeto através da reabilitação e construção de fontes, distribuídos pelas diferentes aldeias. O objetivo é melhorar a qualidade e a quantidade de água a que as comunidades têm acesso para consumo doméstico e para fins agrícolas. Também foram realizadas campanhas de limpeza para que o lixo seja recolhido e reciclado de forma regular e para que as comunidades, principalmente os estudantes, sejam formados por meio de rádios comunitárias, sobre a importância do saneamento do lixo e implicaram os mesmos nas ações de limpeza nas aldeias e nos espaços públicos.
Alunos e jovens são fundamentais para o projeto Etikapun’ha. O projeto construiu e reabilitou edifícios para uso escolar, estipulou um protocolo de formação de professores e promoveu ações de reforço de capacidades dos comités de gestão das escolas. Também foram desenvolvidos centros de Tecnologias de informação e comunicação para melhorar a qualidade da educação dos alunos das escolas comunitárias. Os centros também foram concebidos para ajudar no treinamento de jovens e para fechar a lacuna entre os padrões de desenvolvimento social local e global.
A
saúde, outra medida importante de qualidade de vida, foi promovida ao facilitar
o deslocamento de especialistas em saúde pelas ilhas. À luz da pandemia
COVID-19, também houve uma necessidade urgente de campanhas de sensibilização
por meio de rádios comunitárias sobre saúde comunitária. Embora não seja uma
das intervenções centrais do projeto, tem-se revelado uma prioridade dada a
dificuldade de acesso aos cuidados de saúde nas ilhas.
A Direção-Geral do Ambiente do Ministério do Ambiente e da Biodiversidade, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançou hoje, dia 6 de agosto de 2020, o Projeto “Reforço da Capacidade de Adaptação e de Resiliência das Comunidades Vulneráveis das Zonas Costeiras da Guiné-Bissau aos Riscos Climáticos” -Bissau vulneráveis aos riscos climáticos”.
O Plano de Ação
Nacional de Adaptação (PANA) em 2006 avaliou os efeitos específicos das
mudanças climáticas na sub-região da África Ocidental, que incluíram subida do
nível do mar; padrões irregulares de chuvas e estações chuvosas mais curtas,
com efeitos no setor agrícola; e ocorrência mais frequente de condições
meteorológicas extremas, incluindo secas prolongadas, aumento das ondas de
calor e tempestades. Essas mudanças causarão erosões costeira, inundação
costeira e no interior, intrusão de água salgada, incêndios florestais e terá
um efeito gradual nas pescas. Esses fenômenos ameaçam a segurança alimentar e a
soberania das populações costeiras.
Assim, o projeto
foi elaborado com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade do meio ambiente e
das comunidades costeiras à luz das mudanças climáticas. Será implementado nas
seguintes regiões: Varela-Cacheu, Mansoa-Buba-Cufada, Bolama-Bijagós e Zona Sul
com uma população total de 67.578.
Os três principais componentes, com base nos principais desafios enfrentados na área costeira:
1 / dada a falta de
coordenação e planeamento, gestão e monitoramento ineficazes da zona costeira e
dada a falta de atenção aos desafios climáticos, o primeiro componente envolve
o desenvolvimento de estruturas, instituições, políticas e regulamentos de
governança que contribuam para a saúde da zona costeira, com o objetivo de
reduzir os riscos climáticos;
2 / dado que os
investimentos em infraestrutura no setor produtivo não são estratégicos ou
resistentes às mudanças climáticas e como as soluções naturais dos ecossistemas
para as mudanças climáticas não foram suficientemente exploradas, o segundo
componente procura fazer investimentos na zona costeira para reduzir a
vulnerabilidade de infraestruturas originais através de medidas adaptativas,
tanto artificiais como naturais;
3 / dado o acesso
limitado da comunidade costeira à tecnologia, know-how e financiamento para se
tornar resiliente, o componente final visa fortalecer a capacidade dessas
comunidades e proteger seus meios de subsistência rurais por transferência e
popularização da tecnologia, bem como capacitação em seu uso.
A degradação ambiental na Guiné-Bissau é causada pela exploração de recursos naturais para fins comerciais; grandes extensões de florestas nativas são substituídas por monoculturas de caju, cuja produção é central para a economia guineense e uma importante fonte de renda para as populações rurais.
As consequências dessa degradação são o aumento de conflito em torno do acesso à terra, e a escassez de recursos. As consequências são amplamente sofridas pelas mulheres rurais e os conflitos resultaram na migração de populações rurais, na busca de melhores condições de produção. Em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística (INE) e sob a supervisão da Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Tiniguena realiza um projeto de pesquisa nas regiões de Gabú, Oio e Tombali, explorando a relação entre degradação ambiental e a migração das populações rurais, e espera identificar oportunidades de emprego verde, principalmente para jovens e mulheres, nas três regiões. Os objetivos do estudo são descritos a seguir:
1. Por meio dos resultados obtidos, desenvolver materiais de capacitação para autoridades locais, ONGs e comunidades sobre como desenvolver e implementar soluções sustentáveis, inclusivas e sensíveis a gênero; 2. Realizar um workshop de “teste” de capacitação para autoridades locais, ONGs e comunidades sobre como desenvolver e implementar soluções sustentáveis, inclusivas e sensíveis a gênero.
A coleta de dados começou e a equipe da Tiniguena, incluindo Boaventura Santy, Rui Jorge Semedo e Erikson Mendonça, estão a administrar questionários a jovens e mulheres, migrantes e autoridades locais. Visam determinar o conhecimento dos grupos alvos sobre os recursos naturais na região; os conhecimentos sobre as mudanças climáticas; o impacto da degradação na atividade produtiva; e a relação entre esta degradação e a migração.
Ao longo de um ano, Tiniguena produzirá um relatório com as conclusões do estudo e responderá às mesmas, desenvolvendo soluções sustentáveis em colaboração com autoridades e populações locais para a degradação e métodos sustentáveis de geração de renda.